Cultivo de cafés especiais no Norte Pioneiro preserva a tradição do Paraná

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O Paraná, desde a chegada de agricultores paulistas no final do século XIX para plantar café no Norte do Estado, consolidou-se como tradicional produtor do grão no País. Nos anos 60, liderou a colheita nacional, mas a geada negra de 1975 mudou o cenário. A área colhida caiu de 942 mil hectares para 3 mil hectares. Hoje, o foco é a produção de cafés especiais, certificados com Identificação Geográfica desde 2012.

A certificação exigiu novas técnicas, como colher o café ainda no pé e secar o grão por até 20 dias. Essas práticas, aliadas à altitude e temperaturas ideais do Norte Pioneiro, proporcionam ao café características únicas, com sabor mais encorpado e frutado. A mudança impulsionou o mercado de cafés especiais, gerando valores até 70% superiores à saca de café tradicional, beneficiando pequenos produtores.

O projeto “Mulheres do Café”, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), promove o protagonismo feminino na produção familiar. Com mais de 250 mulheres envolvidas, o projeto contribui para o aumento da participação feminina em concursos regionais. Além disso, o café do Norte Pioneiro movimenta cadeias produtivas, como a produção de queijos artesanais, que exploram a tradição cafeeira da região para agregar valor aos produtos no mercado.

Texto adaptado de: Jornal Noroeste

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