O Projeto Pipoca, desenvolvido há quatro anos na Regional Administrativa da Polícia Penal do Paraná (PPPR) em Cascavel, iniciou o envio de itens para auxiliar os animais resgatados no Rio Grande do Sul, uma das regiões mais afetadas pelas enchentes. Dezenas de casinhas já foram construídas e 108 delas foram encaminhadas para a cidade de Canoas (RS). Desde o início das chuvas, mais de 11 mil animais foram resgatados em todo o estado.
A iniciativa conta com o apoio da ONG Latidos do Bem, da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e do Conselho de Meio Ambiente (Comam) de Cascavel. Os recursos para a compra de materiais são disponibilizados pelo Comam, e os itens são produzidos na Penitenciária Industrial Marcelo Pinheiro – Unidade de Progressão (PIMP-UP). O projeto prevê a construção de 900 casinhas, 600 roupinhas cirúrgicas e colares elizabetanos para auxiliar os animais resgatados.
Segundo o diretor-geral da Polícia Penal do Paraná, Reginaldo Peixoto, essa ação demonstra como a união de esforços pode gerar grandes conquistas, contribuindo para a causa animal em um momento difícil. A produção das casinhas é realizada por detentos, promovendo sua ressocialização. A cada três dias de trabalho no projeto, eles têm um dia de pena reduzido. Atualmente, quatro detentos trabalham nesse projeto.
O projeto teve início em 2020 em homenagem a uma cachorrinha chamada Pipoca, que morava no pátio da Cadeia Pública de Cascavel. Inicialmente, fabricava-se roupas e coleiras reflexivas para animais de rua. Ao longo dos anos, evoluiu para a construção de casinhas, roupas cirúrgicas e outros itens. O projeto já passou por diversas instituições, incluindo a Cadeia Pública de Toledo e a sede da ONG Latidos do Bem, e agora está presente na Penitenciária Industrial Marcelo Pinheiro – Unidade de Progressão (PIMP-UP).