Incêndios crescem 76% no Brasil em 2023, Amazônia e Pantanal em alerta máximo

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Com mais de 2,3 mil focos de incêndio detectados nas últimas 48 horas, o Brasil já acumula este ano até o domingo (13), 226,6 mil registros detectados pelo Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse número representa um aumento de 76% em comparação com o mesmo período de 2023.

De acordo com os dados do Inpe, 49,4% dos focos ocorreram na Amazônia. O Cerrado é o segundo bioma mais afetado em números absolutos, com 32,1%. O Pantanal, embora tenha registrado 6% do total de focos do país, observou o maior crescimento em comparação com 2023, com um aumento de 1.240%.

O Matopiba, região que reúne os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia e onde predomina o bioma Cerrado, apresentou 826 focos nas últimas 48 horas. A região está hoje sob alerta de baixa umidade, com risco aumentado de incêndios florestais em uma faixa que se estende do Sul do Maranhão, passando por grande parte do Piauí e alcançando o centro-norte baiano.

Segundo o governo federal, há 3.732 profissionais em campo atuando no combate aos incêndios florestais na Amazônia, Pantanal e Cerrado, além de 28 aeronaves disponibilizadas. Na última sexta-feira (11), o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou que o governo está totalmente mobilizado para atender a todos os estados afetados. “Estamos constantemente monitorando e avaliando os mais variados casos. Não por acaso, mantemos uma Sala de Situação para discutir ações emergenciais diante das mudanças climáticas, que se tornam cada vez mais frequentes e severas”, acrescentou.

A Agência Nacional das Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou situação de escassez hídrica nos rios Madeira e Purus, no Amazonas; Tapajós e Xingu, no Pará; e em toda a região hidrográfica do Paraguai, no Pantanal. Com a baixa das águas dos rios, comunidades ficaram isoladas na Amazônia e vários rios atingiram os menores níveis observados nas séries históricas. Nesse domingo (13), o Rio Paraguai registrou a mínima histórica, superando o recorde registrado em 1964, na estação do município de Ladário, em Mato Grosso do Sul.

© Mayangdi Inzaulgarat/Ibama

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