87% das escolas optam por não aderir à greve do sindicato dos professores

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Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Educação na manhã desta segunda-feira (3) mostra que 87% das mais de 2 mil escolas da rede estadual estão funcionando normalmente, sem adesão dos professores à greve convocada pelo sindicato da categoria. Além disso, todas as escolas, 100% da rede, estão com alguma aula em andamento devido a um trabalho preventivo que utilizou tecnologia e substituição de professores.

A greve, motivada pelo programa Parceiro da Escola, foi suspensa pelo Tribunal de Justiça durante o feriado de Corpus Christi. A decisão judicial impõe uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

A votação do projeto no plenário da Assembleia Legislativa está prevista para ocorrer nesta segunda-feira (3). O programa Parceiro da Escola visa otimizar a gestão administrativa e de infraestrutura das escolas por meio de parcerias com empresas especializadas em gestão educacional. Essas empresas serão responsáveis pelo gerenciamento administrativo e pela gestão de terceirizados (limpeza/segurança).

O objetivo principal do programa é permitir que diretores e gestores se concentrem na melhoria da qualidade educacional, dedicando-se ao desenvolvimento de metodologias pedagógicas, treinamento de professores e acompanhamento do progresso dos alunos. Os diretores, professores e funcionários efetivos já lotados nas escolas serão mantidos, e as demais vagas serão preenchidas pela empresa parceira, garantindo a equivalência dos salários com aqueles praticados pelo Estado do Paraná. A gestão pedagógica continuará sob responsabilidade do diretor concursado.

O Parceiro da Escola será implementado mediante consulta pública à comunidade escolar, em um modelo similar ao das escolas cívico-militares, dentro de um processo democrático. A consulta está prevista para ocorrer em 200 escolas de cerca de 110 cidades, onde foram identificadas oportunidades de aprimoramento pedagógico, visando inclusive a redução da evasão escolar, o que representa cerca de 10% da rede.

O programa não se aplica a escolas indígenas, em comunidades quilombolas, em ilhas ou cívico-militares.

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